segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A educação como um fator de mudança social

Caros leitores,

O acesso à educação sempre esteve em pauta em nossas diversas Constituições ao longo dos anos. Desde a Constituição Imperial, de 1824, foi estabelecido o direito à instrução primária de forma gratuita para todos os cidadãos.

Hoje, sob a égide da Constituição de 1988, o direito social à educação encontra-se devidamente tutelado e com muito mais detalhes, para que seja possível, um dia, quem sabe, se efetivar o modelo educacional pretendido pelo Poder Constituinte, que nitidamente o conectou ao reconhecimento da dignidade da pessoa humana, como um dos fundamentos do Estado Democrático de Direito, visando o alcance de uma sociedade mais desenvolvida, com menos pobreza e menores índices de criminalidade.

Nessa seara, não podemos deixar de considerar, que uma sociedade mais “educada”, no sentido de ter maior acesso à cultura e instrução de qualidade, principalmente nos primeiros anos, no ensino fundamental, pode formar, com muito mais facilidade, cidadãos que compartilham intimamente sólidos princípios éticos e morais, que, segundo Aristóteles, constituem os os pilares da República.

Mas na prática o Brasil ainda está muito aquém dessa utópica realidade. A informação que nos chega através da mídia, é que muito poucas pessoas no país, atualmente, são capazes de ler e compreender um texto. São os chamados analfabetos funcionais, que são apurados pelo Indicador de Analfabetismo Funcional – INAF, que vem sendo apurado anualmente, desde 2001, por meio de estudo realizado pelo IBOPE com base na metodologia desenvolvida em parceria entre o Instituto Paulo Montenegro – responsável pela atuação social do IBOPE – e a ONG Ação Educativa. O Indicador mensura os níveis de analfabetismo funcional da população brasileira entre 15 e 64 anos de idade, englobando residentes de zonas urbanas e rurais de todas as regiões do Brasil, quer estejam estudando quer não.

A conclusão é que, regionalmente, o Brasil registra grandes disparidades entre uma região e outra em termos de alfabetismo. A região Sul continua registrando os maiores índices do País, tanto em leitura/escrita como em habilidades matemáticas, com 71% da população funcionalmente alfabetizada, sendo 1/3 de forma plena, um perfil semelhante ao da região Sudeste.

Para finalizar, não poderia deixar de dizer que a população feminina brasileira tem, em média, escolaridade superior à dos homens e vem mostrando, nas avaliações escolares, um melhor desempenho em leitura e escrita, enquanto que os homens se sobressaem nas habilidades matemáticas.

Até a próxima!